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#155 | VDC News - Cansado do X? Te trago boas notícias

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Hoje em dia, o X (antigo Twitter) pode parecer mais um feudo pessoal de Elon Musk do que uma praça global descentralizada para discussões abertas.
Apesar das promessas iniciais de absolutismo em liberdade de expressão, dissidentes políticos ainda são censurados. Conteúdos de baixa credibilidade ganham destaque algorítmico. Links para plataformas externas destroem seu engajamento. E a capacidade dos usuários de personalizar sua experiência com bloqueios foi enfraquecida. Embora essas mudanças possam ajudar Musk a gerir o X como negócio, essa dinâmica coletiva tem levado muitos usuários a procurar alternativas.
Enquanto redes sociais descentralizadas como Farcaster e Lens têm ganhado espaço, muitos até mesmo da indústria cripto hesitam em abandonar o X. Porém, alternativas explicitamente não-financeiras como o Bluesky estão conquistando adeptos.
Bluesky usa criptografia, e não tokens cripto, mas seu objetivo principal é semelhante ao Farcaster e Lens: enfatizar o controle do usuário e a identidade portátil. A plataforma vem atraindo forte adesão da esquerda política em meio à reação contínua contra Elon Musk por seu papel na administração Trump. Recentemente, até Barack Obama entrou na rede descentralizada, onde já possui cerca de 311 mil seguidores.
Aqui não há oportunidade de receber tokens via airdrop, mas vamos entender como o Bluesky funciona e o que o torna diferente na "Era Elon" do X. 👇
Como funciona o protocolo do Bluesky Em 2019, o então CEO do Twitter, Jack Dorsey, iniciou uma iniciativa de descentralização, buscando criar um padrão aberto que o Twitter pudesse eventualmente adotar.
O Bluesky nasceu desse esforço e evoluiu para uma empresa independente de benefício público liderada por Jay Graber, ex-desenvolvedora da Zcash.
Bluesky roda no Protocolo de Transferência Autenticada (AT), sua estrutura open-source que prioriza autonomia do usuário, portabilidade e verificação criptográfica. Os principais elementos são:
🪪 Identidade Federada — Usuários mantêm uma identidade portátil única em diversos apps e servidores por meio de identificadores descentralizados (DIDs). Ao contrário do X, onde a conta é restrita à plataforma, o Bluesky permite migrar entre servidores mantendo seu usuário, seguidores e publicações intactas.
📱 Feeds Personalizados — Em vez de um algoritmo único, o Bluesky permite feeds algorítmicos criados pelos próprios usuários, oferecendo controle sobre o que aparece em sua timeline.
📂 Armazenamento Descentralizado de Dados — Postagens são armazenadas em Servidores de Dados Pessoais (PDSs), que podem ser auto-hospedados pelos usuários ou por fornecedores independentes, garantindo proteção contra banimentos unilaterais.
🚿 Relays e Firehose — Os relays agregam dados da rede e os distribuem para diferentes aplicações, mantendo uma camada aberta para desenvolvedores terceiros.
Esse design garante que nenhuma entidade única, corporativa ou individual, dite as regras da plataforma — um forte contraste ao controle centralizado de Musk sobre o X.
Como o Bluesky se compara a outras plataformas
Bluesky vs. X Bluesky se diferencia do X principalmente por:
Ser resistente à interferência de bilionários, evitando controle unilateral da plataforma, em resposta direta às políticas instáveis de Musk no X.

Bluesky vs. redes sociais com blockchain O fato de não utilizar cripto diferencia o Bluesky de redes descentralizadas com elementos financeiros como Farcaster e Lens:
Apesar de similaridades gerais, como moderação personalizável e identidade descentralizada, o Bluesky se destaca por não oferecer suporte a moedas ou tokens.

Os próximos passos do Bluesky No último ano, Bluesky adicionou recursos como mensagens diretas, compartilhamento de vídeos e hashtags. A próxima fase é focada em escalar mantendo a descentralização.
Segundo o roadmap de 2025, o Bluesky está aprimorando a movimentação de dados pela rede, tornando relays mais eficientes e reduzindo custos de servidor. Também está implantando novas permissões OAuth, garantindo maior controle dos usuários sobre o acesso aos seus dados.
Outra grande novidade será a implementação de dados privados e criptografados, permitindo discussões privadas e mensagens seguras. Para tornar o Bluesky menos dependente de uma instância principal, a plataforma está desenvolvendo um sistema de registro mais aberto, permitindo que usuários entrem facilmente a partir de diferentes servidores.
Essas mudanças buscam tornar o Bluesky mais privado, flexível e independente, reforçando a visão de uma rede social controlada pelos usuários e imune ao domínio de uma única entidade.
Como começar a usar Interessado no Bluesky? É simples criar uma conta e começar a explorar:
🦋 Crie uma conta — Visite bsky.app ou baixe o app do Bluesky para iOS ou Android. Cadastre-se com e-mail, crie um nome de usuário e uma senha.
🆔 Configure seu nome — Por padrão, seu usuário terá o domínio bsky.social, mas você também pode usar um domínio personalizado.
🧑💻 Encontre feeds e pessoas para seguir — Toque em "Feeds" para explorar conteúdos que combinam com seus interesses, usando os Starter Packs para seguir rapidamente contas recomendadas.
🧱 Personalize sua experiência — Acesse "Configurações" para ajustar suas preferências de moderação, habilitar ou desabilitar tipos de conteúdo e gerenciar sua visibilidade.
📣 Participe da comunidade — Poste, comente, curta e republique para entrar na conversa. Use hashtags para conectar-se a usuários semelhantes e explore apps terceiros como SkyFeed para uma experiência alternativa.
Em resumo, o Bluesky ainda é pequeno comparado ao X, mas vem crescendo rapidamente. Com sua abordagem descentralizada e feeds personalizáveis, é uma alternativa promissora para quem deseja mais controle sobre sua vida nas redes sociais. Vamos acompanhar como será sua evolução!
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