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#169 | VDC News - ETH e a luz no fim do túnel

Sera que as idéias de Vitalik vão se concretizar?

4 min

O Que Vitalik Quer para a Camada Base do Ethereum
A comunidade Ethereum clama por melhorias na rede. E Vitalik tem algumas ideias.


Logo após os recentes anúncios da Fundação Ethereum sobre escalabilidade da camada 1 (L1), Vitalik Buterin publicou na sexta-feira um texto intitulado “Simplificando a L1”, no qual propõe formas de tornar a camada base do Ethereum mais leve e robusta para o longo prazo.

Para Vitalik, escalar não basta — o Ethereum precisa continuar compreensível, fácil de manter e seguro se quiser se tornar “a plataforma que armazena os ativos e registros da civilização”. Ele defende que é hora de remover o excesso, repensar sistemas fundamentais e até substituir a EVM por algo mais simples. A meta? Um Ethereum quase tão simples quanto o Bitcoin — em até cinco anos.

Aqui está o resumo das ideias centrais sobre como simplificar o consenso, a execução e muito mais. 👇

🧠 Por que Simplicidade Importa

Para Vitalik, simplicidade não é apenas sobre código limpo — é sobre tornar o Ethereum mais forte. Quanto mais pessoas conseguirem entender e contribuir com o protocolo, mais seguro, descentralizado e resiliente ele será.

Ele cita o Bitcoin: sua camada base é tão minimalista que até um estudante do ensino médio (segundo ele) poderia criar um cliente. Essa simplicidade ajudou o Bitcoin a permanecer estável, auditável e resistente à corrupção.

Já o Ethereum acumulou complexidade ao longo do tempo — às vezes necessária, muitas vezes não. Isso atrasou atualizações, aumentou riscos e dificultou contribuições.

Simplificar agora traria vantagens claras:

  • Mais fácil de verificar e proteger: Menos código significa menos pontos vulneráveis.

  • Menos manutenção: Sistemas mais enxutos tornam upgrades futuros mais simples.

  • Mais desenvolvedores: Um design mais simples atrai mais contribuições.

  • Maior neutralidade: Regras claras e previsíveis são mais difíceis de manipular.

Com a rede já estável e pronta para amadurecer, Vitalik vê este como o momento ideal para “fazer a faxina”.

🔄 1. Um Consenso Mais Simples

Para simplificar o consenso, Vitalik cita a proposta da Beam Chain, que substituiria sistemas técnicos complexos por uma estrutura mais enxuta:

  • Finalidade em 3 slots: Elimina epochs, comitês e sincronizações.

  • Regras de fork mais simples: Menos validadores ativos por vez = menos complexidade e mais segurança.

  • Votação via STARKs: Recolhe votos de forma mais barata e confiável.

  • Ciclo de vida do validador mais claro: Entrada, saída e recuperação facilitadas.

  • Comunicação entre pares simplificada: Menos partes no protocolo = sincronização mais eficiente.

⚙️ 2. Uma Camada de Execução Mais Simples

Vitalik reforça a ideia de substituir a atual Ethereum Virtual Machine (EVM) — considerada lenta e inchada — por uma alternativa moderna: o RISC-V.

O RISC-V é uma máquina virtual de uso geral, open source, já usada por Intel e Arm para construção de chips — e poderia se tornar o novo motor de contratos inteligentes do Ethereum. Benefícios incluem:

  • Especificação mais simples: Facilita entendimento, evita bugs e torna upgrades mais seguros.

  • Menos “atalhos” (precompilados): Reduz o núcleo do protocolo e melhora manutenção.

  • Compatível com ZK: Projetos como Polygon Miden e Risc Zero já utilizam.

  • Mais linguagens: Desenvolvedores poderiam usar Rust, Move e outras além de Solidity.

Vitalik vê aqui a chance de reconstruir a base do Ethereum, com ganhos de performance de até 100x.

🔁 3. Uma Transição Compatível com o Passado

E os apps que ainda dependem da EVM? Vitalik propõe uma transição gradual, mantendo a compatibilidade com o que já existe, mas sem carregar esse legado para sempre:

  • Começa com precompilados em RISC-V.

  • Suporte paralelo a EVM e RISC-V, com compatibilidade total.

  • Substituição dos precompilados por códigos em RISC-V.

  • Encapsular a EVM como contrato dentro do RISC-V, mantendo funcionalidade sem poluir o núcleo.

Assim, Ethereum se “desintoxica” sem quebrar nada que já esteja rodando.

📐 4. Padrões Compartilhados = Menos Complexidade

Por fim, Vitalik defende a padronização de ferramentas no ecossistema Ethereum, reduzindo redundâncias:

  • Codificação SSZ única: Já usada na camada de consenso, pode unificar o rastreamento de estado.

  • Método único para particionar dados (erasure code): Usado em amostragem, broadcasting e histórico — unificar isso simplifica e acelera processos.

  • Uma única estrutura de estado: Adotar uma árvore binária simples no lugar da Merkle tree atual economiza espaço e acelera provas.

Mudanças discretas, mas que reduzem o “peso” da rede e aumentam sua robustez.

🔚 Conclusão

A força do Ethereum sempre foi sua flexibilidade — mas isso trouxe complexidade crescente.

A visão de Vitalik busca recuperar a simplicidade sem perder poder, tornando o Ethereum mais leve, claro e fácil de evoluir. Para se tornar a infraestrutura global de ativos e registros, a rede precisa ser não só escalável, mas também durável.

E, segundo Vitalik, isso começa com uma boa limpeza na base.

Vitalik vai conseguir mudar o jogo pro ETH? Como a comuinidade está encarando esse momento? se quiser saber… entre HOJE pra melhor comunidade Cripto do Mercado!