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#173 | VDC News - O que é o tão falado M2 - e qual a sua importância para os mercados!

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M2 - O que comem? Onde vivem? como se relacionam com o mercado de Critpo?

O que é o M2?

O M2 é um dos principais agregados monetários usados para medir a quantidade total de dinheiro disponível em uma economia. Ele engloba desde o dinheiro em espécie e depósitos à vista (conhecidos como M1) até recursos menos líquidos, como contas de poupança, depósitos a prazo e fundos do mercado monetário.

Por refletir a disponibilidade de recursos financeiros, o M2 é acompanhado de perto por economistas, governos e investidores. Quando há muito dinheiro circulando, o consumo e os investimentos tendem a crescer. Em cenários de baixa liquidez, o movimento contrário acontece.

O que compõe o M2?

O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, calcula o M2 com base em diferentes elementos:

1. M1 – Dinheiro e contas correntes

É o componente mais líquido do sistema financeiro, composto por:

  • Moeda física (papel-moeda e moedas);

  • Depósitos em contas correntes (utilizáveis com cartões de débito e cheques);

  • Cheques de viagem (hoje pouco usados, mas ainda contabilizados);

  • Outros depósitos à vista com alta liquidez.

2. Contas de poupança (reservas)

São contas que pagam juros e servem para guardar dinheiro não utilizado imediatamente. Apesar de não serem tão acessíveis quanto uma conta corrente, ainda permitem saques relativamente rápidos.

3. Depósitos a prazo (Certificados de Depósito - CDs)

São investimentos com prazo definido e valor geralmente inferior a US$ 100 mil. O dinheiro fica bloqueado por um período, mas pode ser convertido em caixa após o vencimento.

4. Fundos do mercado monetário

Fundos mútuos que aplicam em ativos seguros e de curto prazo. Costumam render mais que contas de poupança, mas com algumas restrições para movimentação.

Como o M2 funciona?

O M2 representa o total de dinheiro prontamente disponível na economia. Se o indicador estiver crescendo, pode ser sinal de aumento da renda, da concessão de crédito ou da taxa de poupança — o que estimula o consumo, os investimentos e a atividade econômica como um todo.

Por outro lado, uma desaceleração ou queda no M2 pode indicar redução no consumo e menor disponibilidade de recursos, o que tende a esfriar a economia e até elevar o desemprego.

O que influencia o M2?

1. Política monetária dos bancos centrais

Ao alterar as taxas de juros ou os requisitos de reserva dos bancos, os bancos centrais impactam diretamente a quantidade de dinheiro circulando. Juros mais baixos tornam os empréstimos mais acessíveis, aumentando o M2.

2. Gastos do governo

Estímulos fiscais, como cheques emergenciais, aumentam o M2. Já cortes de gastos ou elevação de impostos tendem a reduzi-lo.

3. Concessão de crédito pelos bancos

Quando os bancos emprestam mais, o volume de dinheiro em circulação cresce. Restrições ao crédito, por outro lado, desaceleram esse crescimento.

4. Comportamento dos consumidores e empresas

Se há mais propensão a poupar do que a gastar, o dinheiro permanece “parado”, impactando negativamente o ritmo de expansão do M2.

M2 e a inflação

Mais dinheiro disponível na economia significa mais consumo. Se esse aumento na demanda superar a capacidade de oferta, os preços sobem — ou seja, ocorre inflação.

Se o M2 desacelera ou cai, o consumo diminui, aliviando a pressão sobre os preços. Porém, uma queda muito acentuada pode indicar recessão ou forte desaceleração econômica.

Por isso, o M2 é uma das principais métricas observadas por bancos centrais. Para controlar seu crescimento, eles podem aumentar os juros. Para estimular a economia, tendem a reduzi-los.

Como o M2 impacta os mercados financeiros?

O comportamento do M2 tem efeito direto em diversos ativos financeiros, incluindo:

Criptomoedas

Quando há liquidez abundante e juros baixos, investidores tendem a buscar ativos mais arriscados, como criptos. Com juros altos e crédito escasso, a tendência é de fuga desses ativos.

Ações

Com mais dinheiro disponível, há mais capital para investir em ações, o que impulsiona os preços. Se o M2 encolhe, o mercado tende a esfriar.

Títulos

Quando os juros caem e o M2 cresce, investidores buscam títulos para segurança e rendimento. Se o cenário se inverte, os preços dos títulos geralmente caem.

Taxas de juros

Em geral, o M2 e as taxas de juros caminham em sentidos opostos. Crescimento rápido do M2 pode forçar os bancos centrais a subir os juros. Uma contração pode levar à redução das taxas.

Caso real: M2 na pandemia da COVID-19

Durante a pandemia, o governo americano injetou recursos na economia com estímulos diretos e aumento dos auxílios. O Fed também reduziu as taxas de juros. Como resultado, o M2 cresceu cerca de 27% em 2021 — um recorde.

Mas a alta da inflação levou o Fed a reverter esse movimento em 2022, elevando os juros. O M2 então desacelerou e chegou a cair, sinalizando um esfriamento da economia.

Por que o M2 é importante?

O M2 é um termômetro da economia. Seu crescimento pode sinalizar aumento da atividade econômica — mas também risco de inflação. Já sua queda pode ajudar a controlar preços, mas com custo para o crescimento.

Tanto autoridades quanto investidores usam o M2 para tomar decisões sobre juros, impostos, gastos e estratégias de mercado.

Considerações finais

O M2 vai além de ser apenas um número: ele mostra quanto dinheiro está pronto para circular na economia. Ao acompanhar sua evolução, é possível prever tendências, identificar riscos e entender melhor os ciclos econômicos.

Seu crescimento impulsiona consumo e investimentos, mas também pode pressionar os preços. Sua queda ajuda a conter a inflação, mas pode enfraquecer a economia. Por isso, o M2 é uma das ferramentas mais valiosas para quem deseja entender — e antecipar — os movimentos dos mercados.

Fique ligado para mais atualizações.