Os investidores chineses estão migrando para ativos estrangeiros; eles estão vindo atrás das suas criptomoedas?

Pânico Imobiliário! Os mercados chineses continuam sobperformando, levando os investidores da segunda maior economia do mundo a descartarem ativos locais em favor de coberturas aparentemente não correlacionadas enquanto fogem para a saída. Em que ativo os cidadãos chineses estão armazenando riqueza agora, e esses fluxos podem estar vindo atrás das suas criptomoedas!?!

No ano passado, os fluxos de saída de corporações e famílias chinesas para outras nações superaram os fluxos de entrada pela primeira vez em cinco anos, e é improvável que essa tendência se reverta tão cedo.

Os mercados de risco mais amplos se saíram bem em 2023 e 2024, mas o equivalente chinês ao S&P 500 – o CSI300 – permanece 40% abaixo da alta de fevereiro de 2021, com seu desempenho contrastando fortemente com o de seu homólogo americano, que alcançou novas máximas históricas em janeiro deste ano.

Enquanto isso, os maiores incorporadores imobiliários da nação estão à beira do colapso, endividados em trilhões de dólares e com processos de liquidação já em andamento em Hong Kong.

Apesar dos melhores esforços das autoridades chinesas para gerenciar o lado negativo até este ponto, a nação está altamente exposta ao desalavancamento inevitável que deve ocorrer.

A propriedade privada já representa 70% da riqueza das famílias chinesas, e com os incorporadores detendo inventário vago suficiente para abrigar mais 3 bilhões de pessoas, segundo algumas estimativas, não está claro de onde virá a demanda adicional por essas propriedades.

Controles de capital rigorosos e estruturas regulatórias tornam extremamente difícil tirar dinheiro da China, confinando suas empresas e cidadãos a acessar um pequeno número de instrumentos aprovados pelo estado, mas aqueles que procuram se desfazer ainda têm algumas alternativas.

Potencialmente reconhecendo que o colapso imobiliário chinês é iminente, os investidores da nação estão agora migrando para o ouro, um veículo de armazenamento de riqueza testado pelo tempo e uma commodity globalmente descentralizada, elevando o prêmio em um ETF de ouro popular para 30% e causando a suspensão de sua negociação.

Embora o governo chinês historicamente tenha dificultado muito o acesso às criptomoedas, duas subsidiárias de gestores de ativos chineses anunciaram recentemente que estariam se candidatando para oferecer ETFs de BTC spot em Hong Kong, elevando o número total de inscrições para três.

A Autoridade Monetária de Hong Kong e a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros afirmaram no ano passado que aceitariam inscrições para ETFs baseados em criptomoedas, e embora algumas restrições para investidores chineses tentando trazer capital para um estado vassalo semi-soberano ainda se apliquem, a aprovação desses instrumentos abriria um canal direto para o capital chinês fluir para o BTC.

É absolutamente claro que a China está em apuros, e um dos principais propósitos do Bitcoin é agir como uma saída de emergência de economias quebradas, uma característica altamente atrativa para investidores chineses com exposição imensa ao setor imobiliário de sua nação.

Enquanto as ondas de choque do desalavancamento, caso o governo chinês opte por não apoiar seus incorporadores por meio de estímulos monetários, quase certamente arruinarão a economia global, um cenário alternativo no qual dinheiro é impresso para sustentá-los resultaria em inflação estrutural, gerando ventos favoráveis imensos para o preço do BTC.

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