• Vou de Cripto
  • Posts
  • A Base se prepara para uma nova Era | #198 VDC News

A Base se prepara para uma nova Era | #198 VDC News

A Nova Era da Base

Com atividade em alta, infraestrutura de escala, um novo app e (potencialmente) um token a caminho, a Base entra em uma nova fase.

Com o respaldo da Coinbase, a Base segue expandindo o design das L2s para cumprir sua missão: ser uma “rodovia” que leva pessoas para o onchain e mostrar um novo jeito de existir na internet. Entre os anúncios do Base Camp, destaque para a criação de uma ponte nativa com Solana e a exploração de um token da rede. Hora perfeita para revisitar o ecossistema — e para isso conversei com Jesse Pollak, criador da Base, que compartilhou os bastidores da próxima fase.

Evolução da Base Chain

Desde a primavera, a evolução no nível de rede tem sido notável. O TVL em DeFi dobrou para US$ 5B, com protocolos como Morpho e Aave triplicando seus valores.

  • Morpho, maior protocolo da chain, multiplicou por 10 o uso de seu produto de empréstimos colateralizados em Bitcoin, alcançando mais de US$ 720M.

  • A integração com a Coinbase também ficou mais profunda: agora é possível depositar USDC direto nos cofres da Morpho com rendimentos bem acima da taxa padrão de 4%.

🔹 Flashblocks: lançado em julho, reduziu o tempo de bloco de 2 segundos para 200 milissegundos, aproximando-se da categoria “instantâneo” — especialmente vantajoso para plataformas de trading como Avantis e Aerodrome.
🔹 Descentralização Stage 1: em abril, a Base implementou proofs de falha permissionless e um conselho de segurança, fortalecendo a rede. Isso abriu caminho para o debate sobre um token nativo.

Até mesmo Vitalik defendeu publicamente os esforços de descentralização da Base, classificando-a como uma extensão não-custodial e segura do Ethereum.

Explorando um Token de Rede

Jesse foi claro: estão explorando a possibilidade, não lançando ainda. Mas destacou exemplos inspiradores:

  • Zora e Virtuals: loops auto-reforçadores que unem criadores a moedas e agentes digitais.

  • SYND: lançamento via Aerodrome com incentivos definidos pela comunidade.

Mecanismos assim criam economias produtivas, alinham usuários e desenvolvedores e ajudam na descentralização.

Ponte Base <> Solana

Outro anúncio de peso: uma ponte nativa entre Base e Solana. Isso permitirá:

  • Depositar e usar SOL em qualquer app da Base.

  • Transferir ativos de Solana para Base (e vice-versa).

  • Executar ações cross-chain: uma transação em uma rede pode disparar outra na outra.

O Base App

Lançado em julho para substituir a Coinbase Wallet, o Base App quer tornar a experiência onchain mais social e acessível.

  • Já distribuiu mais de US$ 500K em ganhos para criadores.

  • Mais de 50% dos usuários que postam recebem algo em troca.

  • A lista de espera é intencional: a prioridade é consolidar a base inicial de 100K “Base people” antes de escalar em massa.

No app, é possível postar (e ganhar), conversar, negociar e descobrir mini-apps. A lógica é simples: feed para distribuição, chat para conexão e apps para ferramentas compartilhadas — tudo em uma interface social familiar.

Economia dos Builders

Talvez o traço mais único da Base seja seu foco em builders. Nada de governança lenta: a rede aposta em ferramentas práticas e suporte direto.

  • Base Pay: checkout instantâneo em USDC com 1% de cashback.

  • Sign on with Base: cadastro simplificado.

  • Flywheel Protocol: criação rápida de programas de recompensa.

  • Base Build: dashboard para analytics em tempo real e recompensas para quem constrói mini-apps.

  • Base Batches: programa global para talentos em áreas como IA, stablecoins e apps de consumo, com suporte de incubação e funding.

Em vez de burocracia, a Base acelera quem já está construindo. Até os grants são distribuídos retroativamente para iniciativas de impacto, detectadas pela própria equipe no Slack interno.

O Que Vem Pela Frente

Os últimos seis meses mostram que a Base deixou de ser apenas “mais uma L2”:

  • Flashblocks tornou as transações ultrarrápidas.

  • O DeFi atingiu novo patamar.

  • O Base App trouxe infraestrutura social para o onchain.

Cada peça reforça a outra: liquidez, velocidade e engajamento social.

Segundo Jesse, o maior feito da Base pode ser manter o foco no meio do barulho do mercado cripto. Mesmo com polêmicas sobre moedas de criadores e especulação, a rede cultivou “anticorpos culturais” para discutir crescimento em vez de hype vazio.

Ainda é day one, como ele mesmo reforça. Mas com esse ritmo, o “dia um” já parece estar se transformando em algo muito maior.